quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

1º salário de 2013

Hoje no trabalho todos se queixavam do salário auferido. Fiquei tão assustada que passei o dia todo sem confirmar o valor!


Afinal chego a casa e confirmo que recebi mais este mês que nos últimos 6 meses! Não percebi...
Aguardo o recibo, para confirmar, mas penso que alguém cometeu um agradável erro ao processar o meu salário. (riso maquiavélico)



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Domingos em família

Os anos passaram e as tardes de Domingo em família não são aquilo que imaginei que fossem quando era mais jovem.

Há desavenças entre os membros da família que nunca mais se resolveram, há assuntos proibidos de referir em qualquer circunstância, há alguma tristeza nos nossos olhares por sabermos que não somos a família que fomos outrora...

Quando termina a tarde e cada um regressa a sua casa não consigo deixar de sentir um misto de melancolia e alívio. Entristece-me que a minha família não possa renascer, mas em simultâneo sinto-me aliviada por regressar ao meu lar e perceber que estou ainda a começar a construir a minha própria família e que vou a tempo de evitar alguns dos erros que destruiram a minha família de origem.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pequenas coisas

São pequenas coisas, como um chá quente numa mesa com amigos e muita conversa, que podem fazer toda a diferença. Sobretudo quando olhamos pela janela e lá fora está chuva e vento forte... Apertamos mais a chávena contra as mãos, sentimos o calor do chá, e olhamo-nos com um sorriso cúmplice nos lábios, sentindo a calorosa amizade entre nós.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A importância da confiança

Eu não sou pessoa dada a desconfianças, apesar de ter plena noção que este é aspecto revelador da minha ingenuidade.

Há uns anos atrás tive um namorado de quem gostava muito e a quem me dedicava de total coração. Em nenhum momento me ocorreu qualquer pensamento de desconfiança sobre o dito cujo. O que eu não imaginava era que o inverso acontecia nas minhas costas: o homem revirava a minha casa em busca de vestígios que provassem que eu o traía, pesquisava o meu telemóvel enquanto eu ía à casa de banho ou levar o cão à rua,... uma verdadeira aventura! Imagino a excitação dele, a procurar com eficácia e rapidez, sem deixar vestígios de casa revirada, os mínimos vestígios contra mim. Pois ele tanto procurou, que o encontrou! Não encontrou nada de muito significativo, convenhamos, nada que cabalmente provasse a minha infidelidade! Mas sim, encontrou, encontrou pequenas coisas que lhe causaram dúvida, que criaram a desconfiança. É certo que tudo o que ele encontrou foram pequenas coisas que interpretou com muito exagero ou provas de amores passados, sim, descontextualizados no tempo e espaço, provas de um passado que ele teimava que era presente e alegava que eu mentia quando jurava ser passado.

Quando ele me disse que me revirava a casa e me lançou à cara tudo o que encontrara... inicialmente ri descontroladamente a julgar que se tratava de uma brincadeira, mas depois percebi a situação em que estava envolvida e foi aí que compreendi verdadeiramente que aquilo que sustenta uma relação é a confiança. Naquela relação a confiança estava irreversivelmente abalada, por isso aquilo era o fim diante dos meus olhos.

Assim foi.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A agonia do final do dia

O final do dia pode de facto ser uma agonia... sobretudo se a televisão estiver ligada.

Posso dizer que num intervalo de 10 a 15 minutos, sensivelmente, já vi publicidade a todo o tipo de produtos-promessa-milagre: desde o cogumelo do tempo, passando pela alcachofra de laon, o vibroplate, a cavitas,... é todo um sem fim de produtos miraculosos que nos vão fazer sair do casulo de lagarta e tranformar em bela borboleta!!

Como se não bastasse... ainda temos de gramar com o António Sala e a sua imensa preocupação com as cada vez mais dramáticas crises da dívida dos Estados... "proteja-se do caos financeiro"! uuuuuuuuuhhhhhhhhh Sala, estamos um bocado para o apocalípticos, não? Ainda por cima o que me propões é essa tanga dos planos de investimento e barras de ouro?!?



Não esquecer: Não voltar a ter a televisão ligada ao final do dia!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Economia e finanças muito pausadamente

Conforme esperado, e apesar de horas e horas de reuniões e tanto trabalhinho, pobrezinhos, vamos todos ser brutalmente espoliados em 2013. Pode ser, no entanto, que tal aconteça tão pausadamente como nos foi confirmado em conferência de imprensa.

Só coisas fofinhas como aumento do IRS, mais uma sobretaxa super querida, pagamento de dias feriado trabalhados a 25%,... Enfim, todo um sem número de medidas que só nos dá boas razões para acordarmos todos bem-dispostos, cheios de vontade de enfrentar os dias e, mais, passarmos a ser, finalmente, trabalhadores altamente produtivos.

Até já aguardo o dia em que me proponham trabalhar 20 horas por dia, todos os dias do ano, a troco de umas senhas de ração. Tá bem... Pode ser! Mas só até 23 de Setembro de 2013, combinado Vitinho?

O regresso ao trabalho

O final incontornável das férias significa sempre a chegada daquela sensação deprimente de que as paredes do nosso local de trabalho vão-se fechar sobre nós e sufocar-nos. Por norma é assim. Neste aspecto não sou excepção à norma.

Claro que estar de férias em Outubro não é propriamente paradisíaco, mas foi o possível. Mesmo assim custa igualmente regressar. E por muito que me digam "Mas tens trabalho, isso é o mais importante!", "Não fazes parte das estatísticas do desemprego!", etc., não consigo abandonar a simples ideia que odeio o meu trabalho, odeio aquilo que faço em praticamente todos os aspectos, custa-me muito sair da cama e comparecer religiosamente como uma leal colaboradora, e só o faço porque não me posso dar ao luxo de perder o ordenado mensal e estrangular ainda mais o orçamento familiar.

Eu diria ainda que 90% das pessoas que trabalham comigo têm exactamente a mesma percepção. Cada um de nós arrasta-se desgraçadamente pelos corredores do edifício. Uns procuram alternativas, sem sucesso; outros já desistiram de procurar alternativas; uns quantos ainda acomodam-se acreditando que um dia algo de bom vai acontecer, como se um dia fossem tropeçar na rua com um emprego perfeito.

A minha mãe consola-me com a dupla imbatível "melhores dias virão" + "o que tem de ser tem muita força".
Tá bem! Vou dizer que sim e fazer de conta que estou integralmente de acordo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Uma espécie de início

Estamos no 10º mês de 2012.


Está a ser um ano difícil em Portugal, um pequeno país em busca de uma posição mais equilibrada que lhe permita renascer.

Mas mais do que o grande objectivo nacional, gosto sobretudo de constatar como o objectivo da nação é experienciado por cada um dos indivíduos que a compõem. Eu sou uma parte, e só mais uma mísera e até insignificante parte, deste quadro. Vou então deambular pela minha perspectiva, não porque seja importante para alguém, mas porque pode ser bom para mim, porque, como o título indica, pode afinal funcionar como uma espécie de catarse.